SKATE – Trajetória no Brasil
SKATE – Trajetória no Brasil: Os principais acontecimentos de Skate no Brasil foram pesquisados no livro “A Onda Dura” de Eduardo de Brito, nas revistas Tribo Skate e CemporcentoSkate mais os sites Skatecuriosidade e Skate Cultura.
Seguem alguns deles:
60s
Ocorre nessa década o surgimento do Skate, primeiro no Rio de Janeiro, certamente trazidos por filhos de norte americanos e/ou por poucos brasileiros que viajavam para os Estados Unidos da América naquela época, principalmente por quem estava começando a surfar no Brasil. motivados pelos anúncios da revista norte americana Surfer, o então chamado Surfinho era feito de eixos de patins com rodas de borracha ou ferro pregados numa madeira qualquer.
70
Houve o primeiro boom do Skate e o seu ressurgimento no Brasil.
Nas Ladeiras da Rua Maria Angelica e do Cedro no Rio de Janeiro (RJ) ou na Pracinha do Skate no bairro do Sumaré em S. Paulo (SP), era onde os primeiros skatistas praticavam o esporte.
A partir de 1972 com a divulgação do Skate na principal revista voltada ao público jovem, a revista Pop, ajudou a popularizar o Skate.
Em meados da década, muitas empresas brasileiras comercializavam skates como a Torlay, Benrose, Bandeirantes, Nakano, DM, Vortex, RK, Costa Norte etc.
1976: Construção da primeira pista do Brasil e da América Latina em Nova Iguaçu (RJ).
Surgimento das primeiras publicações:
1977: Revista Esqueite
1978: Revista Brasil Skate
1978/79: Jornal do Skate, do paulista Sergio Moniz.
Speed do país em Belo Horizonte em 1978 e o Circuito Hering em 1979 com etapas em Santa Catarina, S. Paulo e Rio de Janeiro.
Ida da primeira equipe brasileira, a DM Skateboards, para competir nos Estados Unidos em Ocean Beach em 1977.
Nesta década foram construídas pistas em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná e na Paraíba
Contudo, no final da década de 70 o Skate decaiu.
80
No inicio dessa década, o skate só não desapareceu completamente graças aos poucos praticantes remanescentes que construíam rampas particulares.
Cada vez mais a marquise do Parque Ibirapuera em S. Paulo (SP) reunia os praticantes de Freestyle tornando o ponto do Skate paulistano.
Entre 1980 e 1989 foram inauguradas diversas pistas em vários estados.
Nessa década começou a ser realizada uma quantidade maior de eventos em comparação aos anos 70, porém bem menor em relação à atualidade.
A volta da indústria nacional em 1984, principalmente por iniciativa dos próprios skatistas.
Houve lançamento de programas de tv, revistas especializadas e a vinda de ídolos internacionais.
Ida de uma delegação brasileira para o Campeonato Mundial no Canadá em 1986 ficando na quinta colocação por equipes.
Em 1988 um episódio marcante, o prefeito da cidade de São Paulo, Jânio Quadros, proíbe andar de skate no Parque do Ibirapuera e após uma passeata de protesto dos skatistas ele proíbe que se ande de skate em toda cidade de São Paulo.
Ainda neste ano acontece a primeira reportagem sobre o Skate brasileiro na conceituada revista Transworld.
Em 1989, ida de nova delegação brasileira à Alemanha para disputar o Campeonato Mundial, com o inesquecível quarto lugar de Lincoln Ueda na categoria Profissional.
A segunda metade da década foi um período de grande desenvolvimento e evolução do Skate no Brasil e criou-se uma grande expectativa para o futuro com um novo boom da modalidade.
90
Em 1990 o Skate novamente entra em crise devido ao Plano Collor que comprometeu todo o excelente desenvolvimento do Skate nacional causando a falência de diversas empresas, inclusive todas as revistas especializadas, e o fim dos investimentos no Skate da noite para o dia.
Apesar das dificuldades econômicas do início da década, os anos 90 foram de consolidação do Skate no país e de profissionalização.
Presença de brasileiros a partir desta década nos melhores eventos mundiais e consagração do Skate brasileiro como um dos melhores do mundo.
Bob Burnquist é eleito o Skatista do Ano de 1997 em todo mundo pela conceituada revista Thrasher.
Em 1995 é criado o Dia do Skate em São Paulo (03 de agosto) pelo então vereador Alberto Turco Loco.
Ainda nessa década houveram as primeiras edições das etapas brasileiras do Circuito Mundial em 1998, a fundação da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) em 1999. Ainda em 1999 criou-se a categoria Master só para veteranos (acima de 30 anos).
2000s
A partir de 2000 o Circuito Brasileiro de Skate é organizado pela CBSk.
Em 2000 acontece o Qix Pro Contest, que a partir de 2002 valeria pelo Circuito Brasileiro de Street até 2009 e em 2006 também foi etapa do Circuito Mundial de Street.
Houve ainda o acontecimento de eventos alternativos em vários estados brasileiros.
Em 2003 e 2004 acontecem as primeiras edições do Latin America X-Games no Rio de Janeiro; em 2008 acontece o Brasil X Games em S. Paulo.
Nos anos 2008/09 acontecem em São Paulo as primeiras edições da Mega Rampa no Brasil.
Copas são transmitidas pela TV Record, Sportv e TV Globo e participação de ídolos internacionais.
Em 2002 Bob Burnquist recebe o Prêmio “Laureaus Awards” de Atleta do ano de todas as modalidades esportivas e vence o desafio King of Skate e em 2007 é escolhido como skatista do ano pela Transwolrd. Ainda em 2007 o profissional de Downhill Speed Felipe Cobra participa do Big Brother Brasil.
Depois de vínculo da CBSk por dois anos com o Ministério do Esporte, o programa federal Bolsa Atleta começa a beneficiar skatistas a partir de 2008 pagando bolsas mensais.
Em 2002 existiam 427 pistas de skate no Brasil, aumentando para 721 em 2004 e 1.024 em 2006, um crescimento de 116 % em 4 anos, conforme publicações da CemporcentoSkate.
Segundo pesquisa do Datafolha em dezembro de 2009, havia no Brasil mais 3.800.000 (três milhões e oitocentos mil) praticantes de Skate no Brasil.
O skate começou a aprecer na grande mídia, em programas sobre campeonatos, especializados, de entrevistas, entretenimento e novelas.
Skatistas/artistas expõe em galerias de arte no Brasil, participam de publicidade de marcas fora do universo do Skate, viram atores de cinema e são destaques em bandas musicais.
Houve em 2007 o lançamento de filmes e documentários sobre o Skate brasileiro.
São criados em 2003 pela CBSk, os comitês dos profissionais de Street e Vertical e depois a criação de comitês dos profissionais e conselhos de todas as modalidades.
No ano de 2004 a CBSk inicia o controle da profissionalização de amadores determinando parâmetros sendo a partir de 2006 através de análises e aprovação de Comitês dos profissionais de cada modalidade.
Nesta década diversos skatistas brasileiros vivem no Exterior e são patrocinados por empresas internacionais.
2010s
Houveram algumas tentativas de proibição de Skate em locais tradicionais, que não foram concretizadas graças a importante participação da CBSk.
Acontecem entre 2010 e 2013 etapas brasileiras do Circuito Mundial de várias modalidades.
São realizadas provas profissionais em vários Estados brasileiros, assim como o Circuito Brasileiro de Skate em 2010/11.
A CBSk organiza o Campeonato Brasileiro de Street Amador em 2010, 2011 e 2012 em vários Estados.
Lançamento do documentário sobre o Skate brasileiro em 2010 Vidas sobre Rodas de Daniel Baccaro.
Em 2012 a CBSk estabelece parceria com o Grupo de Trauma Esportivo da Santa Casa de S. Paulo para atender gratuitamente skatistas profissionais e até efetuar cirurgias, algo inédito no Brasil.
A CBSk renova seu Quadro de Árbitros realizando novos Testes de Aptidão para Árbitros.