Nós sabemos que as cores são extremamente importantes na moda e capazes de influenciar nosso humor e autoconfiança. Portanto, hoje vamos falar sobre os processos de tingimento, que servem justamente para dar cor aos nossos tecidos e consequentemente, à nossa vida!
Tingir uma fibra é um processo bem complexo e que pode envolver diversos estágios, como por exemplo o estágio final da fixação da cor, onde são utilizados os chamados mordentes, substâncias que tem a função de fixar o corante no tecido. Resumindo, esse processo faz com que a cor não desbote e nem se dissolva com as lavagens.
O que é tingimento?
Tingimento é um processo químico que modifica a cor da fibra têxtil através da aplicação de matérias corantes.
Antes de iniciar o tingimento, os tecidos precisam ser cuidadosamente preparados. Nessa preparação, também chamada de pré-tratamento ou beneficiamento, todas as impurezas da fibra têxtil são retiradas. Entre as impurezas mais comuns temos: ceras, pectinas naturais (um tipo de fibra solúvel), óleos lubrificantes, parafinas e etc. É importante frisar que essas impurezas podem ser naturais ou artificiais. No caso das artificiais, os resíduos são “adicionados” aos fios durante a tecelagem.
Os tecidos chegam na tinturaria crus, ou seja, livres de qualquer substância química. Posteriormente passam pelo processo de “limpeza” descrito mais acima e logo após se inicia o processo de tingimento.
Quando surgiu o tingimento?
Para alguns historiadores, o tingimento de tecidos surgiu na índia, antes do ano 2.000 a.C. Da mesma forma, existem também relatos de tingimento em outros países asiáticos, como a China e o Japão, também por volta de 2.000 a.C. Além desses países, as antigas civilizações da Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma e Grã-Bretanha também tem registros dessa técnica de coloração.
Por vários séculos, os processos de tingimento eram feitos com corantes naturais, sendo que os principais eram os orgânicos vegetais nas cores índigo, marinho púrpura e vermelho alizarina.
De onde os corantes eram extraídos?
O azul índigo, também conhecido como anil era extraído da planta isatis tinctoria.
O corante marinho púrpura era extraído do esmagamento dos moluscos marinhos dos gêneros murex brandaris e purpura.
O corante alizarina é um pigmento vermelho extraído da raiz da garança, também conhecida como rúbia (ou alizari em árabe).